As estrelas moravam nos meus olhos
O rio corria nas minhas artérias
Sua foz no meu coração desemborca
Ainda não havia lido Lorca
Nem Karl Marx mostrado a origem
Das minhas misérias
Comia cogumelos selvagens
Vagens com brotos de bambus
Ah! Bambus
Foi com ele que aprendi a conversar
Com o vento
E escutei minha primeira flauta
Ah! Nambus
Foi com ela que aprendi amanhecer
A tecer a canção da aurora
A conhecer a pauta musical do céu
E quando no caminho havia uma cascavel
Ah! Haicus
Foi com eles que aprendi a conversar
Com o meu lago
A tomar meu chá amargo
E a coletar os versos ao largo
De suas águas esverdeadas
Curumim que vais ser na vida?
Vou plantar rosas e proteger as margaridas
Vou ser jardineiro e regar as violetas
Até o fim de janeiro
O resto do ano vou ser poeta
Como Bashô desenhar bananeira
Fazer sonetos quebrados como
Manuel Bandeira.
Luiz Alfredo - poeta
O rio corria nas minhas artérias
Sua foz no meu coração desemborca
Ainda não havia lido Lorca
Nem Karl Marx mostrado a origem
Das minhas misérias
Comia cogumelos selvagens
Vagens com brotos de bambus
Ah! Bambus
Foi com ele que aprendi a conversar
Com o vento
E escutei minha primeira flauta
Ah! Nambus
Foi com ela que aprendi amanhecer
A tecer a canção da aurora
A conhecer a pauta musical do céu
E quando no caminho havia uma cascavel
Ah! Haicus
Foi com eles que aprendi a conversar
Com o meu lago
A tomar meu chá amargo
E a coletar os versos ao largo
De suas águas esverdeadas
Curumim que vais ser na vida?
Vou plantar rosas e proteger as margaridas
Vou ser jardineiro e regar as violetas
Até o fim de janeiro
O resto do ano vou ser poeta
Como Bashô desenhar bananeira
Fazer sonetos quebrados como
Manuel Bandeira.
Luiz Alfredo - poeta