quanta pobreza meu rapaz

O conto que fecundei

Na noite, O trono de aço e corda

Pela janela,

A vida já feita, morta

Inodora,

(onde anda, Isadora

de perna bonita, palavra torta) que tanto amei, que tanto amei, amei...

Pela janela

amarrado em arame

Que perfuro com prego

E serrote,

A tristeza

Tabu que não deixo

O rio que desço em taboca

O jogo de filtros e malhas

O plebeu que vaga sem sorte,

Eu vi, o tempo sendo visto

Á beira de precipício,

a candeia apagada sem gás,

quanta pobre, meu rapaz!

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 03/06/2013
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