Despedida
Vai..percorre os teus caminhos
com teus passos desmedidos
E deixa-me a sós,
a morrer em solidão...
Esquece as amarguras,
os teus dias tão sofridos
Esquece a nostalgia
que me aperta o coração!
Entrega-te aos prazeres
abstrusos, sem ternura
E deixa entre chagas
o amor que te entreguei...
Mas leva a minha vida,
os meus dias de ventura,
Leva a minha voz,
que em outros tempos deixei!
Vai contigo o curto tempo
em que vivi de esperanças
E entre nós, um torpe espaço
onde a mão já não alcança
Vai ficando então maior
e perdendo o colorido!
E, embora as minhas mãos
insistam nesse vazio,
E meu corpo inerte
se perca no leito frio
Eu bendigo outrora o tempo,
antes de ter te perdido!
Vai..percorre os teus caminhos
com teus passos desmedidos
E deixa-me a sós,
a morrer em solidão...
Esquece as amarguras,
os teus dias tão sofridos
Esquece a nostalgia
que me aperta o coração!
Entrega-te aos prazeres
abstrusos, sem ternura
E deixa entre chagas
o amor que te entreguei...
Mas leva a minha vida,
os meus dias de ventura,
Leva a minha voz,
que em outros tempos deixei!
Vai contigo o curto tempo
em que vivi de esperanças
E entre nós, um torpe espaço
onde a mão já não alcança
Vai ficando então maior
e perdendo o colorido!
E, embora as minhas mãos
insistam nesse vazio,
E meu corpo inerte
se perca no leito frio
Eu bendigo outrora o tempo,
antes de ter te perdido!