Sonolência

Saí do inferno e fui a pé ao purgatório

No meu velório não quero flores

Eu quero música

Quero sorrisos

E em vez de lágrimas, suor.

Quanta ilusão eu tinha sobre as nuvens

Elas não têm o gosto doce que pensei

Também não têm a maciez que imaginei

As aparências mais uma vez me cegaram...

Eu despenquei do céu

(Meu sangue molha a terra)

Tentei roubar o arco e flecha do Cupido

Com um só golpe ele me arremessou ao solo

Será que posso ser então um anjo caído?

O sono chega

Com sua força poderosa

Meus olhos fecham

Mesmo contra minha vontade

O deus do sono não perdoa

É implacável

Eu adormeço

Enquanto vago na cidade...

Quando eu acordo

Horas e horas depois

Parece que dormi apenas dois minutos

Não sei de onde venho

Nem pra onde vou

Nem onde estou

Um ignorante absoluto!

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 03/06/2013
Código do texto: T4323335
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