QUANDO SINTO A ARTE
Quando sinto a arte em minhas mãos,
Quero sonhar;
Quando me entretenho em minhas poéticas declarações,
Quero desvendar-me;
Quando recito cada verso, cada poesia,
Encho-me de pura emoção e fantasia.
Nas nuanças e intempéries da minha arte,
Sinto e respiro além dos muros que me prendem,
Além dos sonhos que me adormecem,
Além da realidade que me entristece.
É quando sinto-me alguém,
Em ousadia, sem medo, sem apegos,
Apenas encontrando-me em meio a vida,
Que surge como aurora de um recomeço.
Quando sinto a arte em meu coração,
Sinto entregar-me a imaginação,
Definida pela realidade em dualidade:
Dor e alegria,
Desilusão e esperança.
Sinto o coração pulsar,
A alma entregar-se,
Os ruídos e os sussurros cantando
Como ventos,
Que acalentam o meu espírito
De doces melodias.
Quando sinto a arte em minhas mãos,
Na minha voz, no meu olhar,
Sinto o infinito dentro de mim,
Encher-me... de luz... de paz.