O dito e o indizível

No escuro deserto de mim mesma

Na imensidão de um eu adormecido

Vagas ilusões norteiam meus sentidos

Na vasta embriagues de um dia não vivido.

Na saudade do que não vivi me encontro

A percorrer caminhos tortuosos

Saliências feitas de amor morrido

Na lucidez de um sonho esperado.

E aqui, (posso dizer) reina algo inexplicável.

No meu peito, o indizível torna-se amargo,

E o dito torna-se pedra que não cala

Na dureza de um coração solitário.

Fran Souza
Enviado por Fran Souza em 03/06/2013
Código do texto: T4322672
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