DEIXAI VIR A MIM

Deixai vir a pureza das crianças a mim,

Que dela a água límpida da candura

A minha alma sedenta já não bebe;

A inocência da minha criança interior

Perdeu-se na correnteza do rio do tempo!

Deixai vir a beleza dos lírios a mim,

Que dela o aroma puro do encanto

A minha alma oclusa já não respira;

A brandura do meu lírio interior

Rendeu-se ao ímpeto do tufão do tempo!

A mim, o jardim edênico do sentimento deixai vir,

Que estou exilado num deserto de céus cerrados,

Sem candura, sem encanto, sem poesia!

A mim, o abismo nuvioso do futuro deixai vir,

Que na sua plaga os meus pés não pisaram ainda,

E os sonhos do passado são castelos assombrados!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 01/06/2013
Reeditado em 01/06/2013
Código do texto: T4320311
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