HOMOFOBIA

HOMOFOBIA

Ele brinca de boneca. Ele quer ter um salão

Faz cara de sapeca, do pai leva um bofetão.

Levanta sempre o dedinho. Tem boa educação

Faz cara de medinho, do pai leva um bofetão.

Quer ser a bela mocinha e nunca ser bandido.

Na escola é “bichinha” e para as tias é o querido.

Quer usar absorvente, calcinha, sutiã e vestido.

Para muitos não é gente e para as tias é o querido

Tentou namorar uma menina. Mas queria um menino

Sofreu com aquela rotina. O mundo cobrava o seu destino.

Um dia caiu na vida. Tomou hormônio soltou seu feminino

Fazia ponto na avenida. O mundo cobrava o seu destino

Por ter nascido daquele jeito, para sua família deu adeus.

Será que era homem com defeito? Sempre perguntara para Deus.

Tinha fé mesmo de seu jeito, os rejeitados eram filhos seus.

Receberia o perdão de seu trejeito? Sempre perguntara para Deus.

Um dia de dia passando na rua, foi vitima da maior homofobia.

Foi pega, espancada e deixada nua, tendo Deus por companhia.

Foi socorrido por um homem bom, ele a chamou de irmã por ironia.

Num toque curou-a esse era seu dom nesse momento ele teve Deus por companhia

E o homofóbico?

Começou com o pai e acertarão contas com o destino...

André Zanarella 24-07-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 01/06/2013
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