Amèlie Polain

Os seus olhos não são de cristal para que estilhassem

Em mil pedaços numa sala com chão de mármore.

Há ,certamente, um franqueza que transpõe as pupilas.

E se olhar no fundo delas,bem no fundo,

Onde você se esconde, descobrirá a própria lira

Deitada num jornal sem data e imundo

Pela sujeira do tempo tão escasso.

Os seus olhos não são de cristal,decerto...

Tampouco os seus ossos de aço.

Porém sua alma é um poema disperso

Nas flores do mês de março.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 01/06/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4319500
Classificação de conteúdo: seguro