Não sou nada
Ando sob o vento
Não sou nada
Balanço no vai e vem
Encontre-me embaixo de alguma folha,
Sumi para reaparecer normal
O orvalho em minha pele
Escorre em gotas minúsculas
Alojando-se em meu peito rasgado
Não sou nada
Em momentos de paixão
Ando descalça na terra
Entrego-me na realeza de um pedaço de tempo
Sou carne
Sou sangue
Sou tudo
Meu coração ferido
Arrasta-se em batimentos pretensiosos
E em meu pulso, sem pulso
Canta em lamento