O mar
Caminhando pela praia, pensativa
Um dia uma jovem se indagou:
Oh! Mar... Conserva-me sempre cativa
Mas nunca anda por onde vou
Observo-lhe com paciência
No ir e vir de seu corpo maleável
Dá-me a idéia de onipotência
E em sua agitação é impenetrável
Não resisto ao sutil apelo
Que suas ondas sugerem para mim
Reparo seu total desvelo
Ao abraçar o que alcança, até o fim
Entrego-me aos seus cuidados
Deixando que meu corpo seja envolvido
Sinto todo ele enlaçado
Pelo seu, que me envolve enternecido
Então sigo sozinha a caminhar
Levando apenas a lembrança de você
E sempre que me ponho a pensar
Relembro sua força e seu poder
Mar... portentoso em sua majestade
Permanece altivo a me observar
Deixa em mim o gosto da saudade
E a eterna vontade de voltar
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas