[O Inevitável Exercício de Ser...]

[Para punir-me, é fácil: é só eu me reler]

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A mente,

o corpo...

o silêncio,

o desejo...

e a promessa: ela!

Mas sobre o abismo,

a ponte-palavra,

ou a palavra-ponte,

é uma fala muda —

esgota-se em nada...

Depois...

os dias brancos,

a chuva lenta,

a primavera, o verão,

a distância outonal,

o inverno,

a espera... nada!

E contra o teto surdo,

o meu olhar apenas

prega este inevitável

exercício de ser... só!

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[Triste Desterro, 14 de dezembro de 2004]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 31/05/2013
Reeditado em 31/05/2013
Código do texto: T4318301
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