FOI SSIM
(Sócrates Di lima)
A noite passou chuvosa,
Ouvi gritar os ventos,
Açoitava a janela teimosa,
fazendo-me lembrar de antigos momentos.
E nesse sonido de desespero,
Como se ela quisesse me lembrar,
Acabei embaixo do travesseiro,
E dormi sem ela notar.
E quando acordei, já era tarde
Ao som do telefone tocando,
Era minha filha dizendo que estava com saudade,
E que estava me esperando.
Tomei um banho rapidamente,
Fiz um café preto e bem quente,
Um caneca de aveia com linhaça de repente,
E fui caminhar por uma hora intermitente.
Ao retonar, um banho gostoso outra vez,
Passei no supermercado e um pote de sorvete eu comprei,
Com ela fui almoçar na casa da ex...
E duas horas depois para casa eu voltei.
E muito trabalho estava a me esperar,
Limpeza geral na casa me ocupei,
Toda a roupa da semana na maquina pra lavar,
Enquanto outros seviços me dediquei...
Foi então que o telefone tocou em vibração mista,
Surpresa boa, e eu adorei...
Parei os serviços parecendo doméstico diarista,
E um bom papo por ele me demorei.
Olhei o tanto de seviço que tinha para teminar,
Despedi-me e fui trabalhar,
Vida de morar sozinho é de acabar,
Mas, por enquanto, prefiro assim, até alguém me encontrar.
Foi assim o meu feriado de "Corpus Christi"
Mas, náo reclamo, já me acostumei,
Sinto-me bem, e minha liberdade resiste,
Até quando, eu náo sei.
Mas, uma coisa não foi como meu momento quer...
Depois que tudo terminei e, ainda, um jantar preparei,
Fui ao quarto buscar a recompensa nos braços de uma mulher,
E ela não estava ali, e cansado, sozinho, relaxei.
E para teminar o meu dia,
Não me resta alternativa, enfim...
Vim aqui escrever esta poesia,
Para me convencer ao final, que o meu dia de hoje foi assim.