Extremos
No final
tudo é começo
depende de como você encara os avessos.
No final
tudo é normal
depende de como você percebe seus receios.
O pêndulo balança
entre a música e a dança
No cais a saudade
é de pedra e a dor se desesperança
Tudo se costura
depende de como
você maneja as agulhas.
E dos retalhos e rendas
você tece
altares e oferendas.
No final o tempo é areia
e o vento desmancha as pegadas
antes que vire a ampulheta.
Afinal...
A lida se encarrega
do esquecimento
e para ser feliz
mister se faz transformar
finais
em re_começos.
No final...
Fim de cena
ergue-se a tenda.
Fátima Mota.