LEMBRA?
Lembra, minha amiga,
quando éramos apenas
os momentos juntos
e, distantes, não nos reconhecíamos?
Flutuavam flores em nossos risos
despretensiosos,
porque os sonhos eram presentes
que nos dávamos.
Lembra dos beijos loucos,
submetidos à essência
do que éramos?
O exterior se fundia em coisas
indistintas,
coloridas, mais que profundas.
Projetos de amar e os sinos...
Os sinos tocando em algum lugar...
Lembra, minha amiga,
tua mão tocando a minha?
Éramos extensão de nossos corpos,
entretidos na madrugada cheia
de poesia.
Ficávamos sem noção em espaços
desconhecidos, crianças sem laços
numa contemplação infinita
de nós mesmos.
Lembra, minha amiga,
as aves andavam para o sul
e, nós, para a eternidade,
que o tempo em nada nos suspeitava
como espera.
Aliás, em nós o tempo não existia.
Lembra que havia primaveras
permeando as entregas e rosas
nasciam em manhãs inesperadas.
Nossos corações apaixonados
de nada percebiam que não fossem
mãos distraídas em carícias.
Lembra?
E tudo ficou, agora, tão assim!
Lembra, minha amiga,
quando éramos apenas
os momentos juntos
e, distantes, não nos reconhecíamos?
Flutuavam flores em nossos risos
despretensiosos,
porque os sonhos eram presentes
que nos dávamos.
Lembra dos beijos loucos,
submetidos à essência
do que éramos?
O exterior se fundia em coisas
indistintas,
coloridas, mais que profundas.
Projetos de amar e os sinos...
Os sinos tocando em algum lugar...
Lembra, minha amiga,
tua mão tocando a minha?
Éramos extensão de nossos corpos,
entretidos na madrugada cheia
de poesia.
Ficávamos sem noção em espaços
desconhecidos, crianças sem laços
numa contemplação infinita
de nós mesmos.
Lembra, minha amiga,
as aves andavam para o sul
e, nós, para a eternidade,
que o tempo em nada nos suspeitava
como espera.
Aliás, em nós o tempo não existia.
Lembra que havia primaveras
permeando as entregas e rosas
nasciam em manhãs inesperadas.
Nossos corações apaixonados
de nada percebiam que não fossem
mãos distraídas em carícias.
Lembra?
E tudo ficou, agora, tão assim!