Espelho

Ah espelho!

Que não reflete

O que outrora refletia.

Hoje parece opaco

Ao peso das auroras

Que Alegre incandescia…

A relúcida

Ousadia

Não retornou

Deixou-me os vincos -

Que à pele flácida

Pelas ausências -

Escorrem os anos.

Que são tantos

Que às vezes

Só me recordo

Pelos ensabecedores,

Desenganos.

Ou pelas vezes

Que me

Surpreendo

Vendo-te-me

Tão longe

– tão perto

E não me lembro bem

Nem meu nome

Ao certo.

Marcio J. (Mendez) de Lima

(10/12/2009)