embelezam a paisagem,
dão os tons da estação...
dão os tons da estação...
A chuva mansa beija os telhados,
acarinha as vidraças...
São letras banhadas em sereno,
sussurros nas pedras à beira d'água
... e meu verso cheira a mato,
galga em livres pastos,
é gesto suave e terno
a escorrer dos dedos e alma...
Uma cadência morna
segue em vertente,
em comunhão amorosa
com um aroma amadeirado
É semente da palavra ao ritmo do vento
construindo um novo mundo
sob os olhos da aurora
construindo um novo mundo
sob os olhos da aurora
É poesia enlaçada na brisa
sob o velho e bom manto celeste
Talvez um assovio pra embalar o sono,
talvez um conforto... ou simplesmente outono...
sob o velho e bom manto celeste
Talvez um assovio pra embalar o sono,
talvez um conforto... ou simplesmente outono...
É doçura telúrica
desenhando o cotidiano
à sombra da simplicidade,
transmutando o tempo
com olhos de poesia,
enquanto a vida
traça prados de saudade...
Ao som de:
Denise Matos