PANTALONA
No azul-lilás da noite
sem medo da emoção,
dois corpos se encontram,
no limiar da razão.
E na tênue linha que divisa
o mar do céu estrelado
duas almas se entregam
no sussurrar da salina brisa.
E é clarividente, mesmo
sem a morna luz do poente
que duas mãos se procuram
num tremor que adrenaliza.
E quando menos se espera,
o amor vem à tona:
na areia,
tua pantalona.
Janeiro de 2006