Prosopopéia
Prosopopéia
(A Carlos Pena)
Ontem entre o Paço,
A avenida Guararapes,
Este poema nasceu
Pelos bares e cafés.
Sem fazer apologia
As conversas facilitadas
Pela bebida, eu digo:
Viva a filosofia de mesa de bar.
Fui no Canto do Poeta,
Onde é uma espécie
De pequeno Museu
Em homenagem ao grande Poeta.
Estava lá o fantoche
Do poeta do azul,
Carlos Pena Filho.
Sentado à mesa
Numa prosopopéia
O inanimado se movimentou
E o discurso veemente
Cheio de ímpeto e ardor
O poeta recitou:
“...Por isso no bar Savoy,
O refrão tem sido assim:
São trinta copos de chope,
São trinta homens sentados,
Trezentos desejos presos,
Trinta mil sonhos frustrados”.
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