MENINA, MORENA MULHER
(Sócrates Di Lima)
Menina amorenada mulher,
O teu olhar encanta,
Sem que o veja, é bem me quer,
E o meu olhar se canta.
O teu sorriso singelo,
Livre, leve e solto,
Enche o meu castelo,
Deixa meu coração maroto.
Menina mulher,
Mulher menina,
É "pro" que der e vier,
Fascina...
Longe, bem distante,
Lá onde o Sol se esconde,
E surge a cada dia radiante,
Quando a Lua chama e ele responde.
E esse iluminar de encanto,
Irradia o coração dessa mulher,
Seu querer tem o acalanto,
De noites de frio onde ela estiver.
Tem voz de alegria,
De deboche e fantasia,
Tem uma doce magia,
No falar que me contagia.
Como toda mulher, por Deus ela chora,
Escondida ali em seu canto,
Em vestes de bela senhora,
É menina de doce encanto.
E onde ela estiver,
Meu pensamento pode estar,
Se minha imaginação convier,
Ela eu trago "pro" meu sonho sonhar.
E quando chega o fim de tarde,
Seu olhar amorenado me procura,
Sua pele amorenada soa saudade,
Sem que me toque com sua ternura.