MUDANÇAS

As coisas permanecem iguais

Com o cavalgar das horas;

Os mesmos sonhos, Luas novas,

Manhãs de Sol, velhos ideais...

Nada mudou, senão eu,

Este íntimo desconhecido,

Que tantas vezes me esqueceu

Quando o que eu mais queria era ser querido!

Antes, eu me deitava com os olhos sorridentes,

Abraçava a noite, e beijava as estrelas distantes...

E luzentes!

Agora, eu me levanto à noite de repente,

Abro a janela, e vejo o mundo lá fora...

Tristemente!

Antes, as primaveras eram floridas,

E as flores desabrochavam odorantes...

E coloridas!

Agora, tudo soa diferente,

Tudo à minha volta chora...

Amargamente!

Desde as altas até às baixas esperanças,

Já vivi todas as procelas e bonanças!

Querendo muito, podendo pouco,

Ficando mudo, gritando rouco...

Nesse oceano, fui mudado pelas ondas que venci

E queimado pela ilusão incendiária de possuir!

Nada tive, senão miragens várias no deserto

E imagens refletidas na tela do pensamento;

Nada vislumbrei ao longe, ou reparei de perto,

Senão projeções do meu mutante sentimento!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 28/05/2013
Código do texto: T4313160
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