Poesia à moralidade

Para não mais saber e para não mais ser

Iludo-me com psicotrópicos tarja preta

Enfeito-me com firulas decoradas e vazias

Vendo-me por qualquer preço ou de graça

Finjo-me burguês com face pintada de pó

Embriago-me com tequilas falsificadas

Explicito-me de maneira quase desnuda

À toda sociedade moralmente contaminada

Para não mais fingir e para não mais errar

Pago por terapias decoradas lidas em livros

Auto ajudo-me pagando o plano funerário

Lento , fraco, louco, equilibrista amputado.