IN MEMORIAN
No escaninho das verdades já ditas
não há qualquer frase que explique
o estado de coisas dessas que andam
devastando os sonhos do eu menino.
Este que sou e não acreditas,
por mais que te aceite e que,
a te olhar de olhos que amam,
nem questiona um destino.
Varres a sala das folhas de outono.
Descuidada, varres também meus sonhos,
como há muito varreste os teus,
numa desesperança sofrida e dura,
que jamais te permitiu o doce sono
dos inocentes. Teus olhos tristonhos
descartam com precisão os meus,
roubando deles a ansiada ternura.
No escaninho das verdades já ditas
não há qualquer frase que explique
o estado de coisas dessas que andam
devastando os sonhos do eu menino.
Este que sou e não acreditas,
por mais que te aceite e que,
a te olhar de olhos que amam,
nem questiona um destino.
Varres a sala das folhas de outono.
Descuidada, varres também meus sonhos,
como há muito varreste os teus,
numa desesperança sofrida e dura,
que jamais te permitiu o doce sono
dos inocentes. Teus olhos tristonhos
descartam com precisão os meus,
roubando deles a ansiada ternura.