Inconstante

Mudo a prosa, mudo o verso
Faço inverso o que por mim fora dito
Acho graça do que pensava ter medo
Não tenho a pressa,
Que ainda há pouco eu precisava...

Sem pensar em ser a derradeira
Despedi-me da taça de vinho sem aviso
Troquei o ritmo das novas canções
Pelas velhas como nunca as tivesse ouvido...

Ri do choro de ontem
E antes do anoitecer
Chorei ainda uma nova dor
Incerta se comigo despertaria...

Fui inverno, fui verão
Sem esperar a estação
Fui criança pequena e gente grande
Numa mesma situação...

Inconstante eu diria
Resumindo assim, uma parte de mim
A outra...
Sou poeta!
E os poetas são constantes tão somente no amor...
ziza Silvestre
Enviado por ziza Silvestre em 30/03/2007
Reeditado em 01/04/2007
Código do texto: T431137
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