Latente

Não adianta refugiar-se

Em um mundo de fantasias

E ilusões.

Formatar palavras

E sonhos,

Se ao olhar para atrás

Ver que nada mudou.

O efeito colateral

Da droga de uma vida

Mal vivida,

Continua latente.

Preste a contra-atacar

As pequeninas células

Que restaram enfrentando

Toda tempestividade,

Através do tempo.

De nada adianta fingir

Que o sonho não acabou.

Quando abrir os olhos

Encontrar diante de ti

O monstro da ilusão perdida

Com dentes afiados,

E língua lançando

Chamas de palavras

Que queimam como o fogo,

E cortam como o fio

De uma navalha.

Melhor seria ter vivido

A grandeza de um condigno AMOR...

A suavidade dos afetos

Compartilhados

Desvanecer-se com ternura

No após encanto.

Manter a fé e a esperança,

De que no final do túnio

Estaria a rosa azul.

Mas nada mudou.

Gracia fernandes

Gracia Fernandez
Enviado por Gracia Fernandez em 27/05/2013
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