Coquetel da Vida

Quando o meu peito é consumido pela tristeza,
afogo as mágoas em uma tulipa de cerveja.
Se, mesmo assim, a tal tristeza persiste,
eu a rebato com um on-the-rocks de uísque.
Se eu estou sozinho, sem ninguém que me acompanhe,
o meu carinho encontro numa flute de champanhe.
Constantemente, para livrar-me do lugar-comum,
o meu apelo é um belo trago de rum.
E, quando eu percebo a minha vida caótica,
eu me organizo em um shot de vodca.
Sempre que sinto em minh'alma o peso da dor,
o alívio vem com um cálice de licor.
Nas horas de desânimo, sem saber o porquê,
busco a resposta em um massu de saquê.
Toda vez em que me vejo um tanto descrente,
eu me reanimo em um copo de aguardente.
Se o nublado do céu em minha vida ganha destaque,
busco o calor do sol num brandy snifter de conhaque.
Quando a saudade o meu corpo aniquila,
eu me fortaleço num caballito de tequila.
Naqueles momentos em que me sinto sozinho,
a minha companhia é uma garrafa de vinho.
 
Quando, por fim, acredito estar quase extinto,
o meu drinque derradeiro não poderia ser outro senão
o absinto.
Edmaram
Enviado por Edmaram em 27/05/2013
Código do texto: T4311004
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