Cético

Talvez eu morra

De acidente vascular cerebral

Ou freada acidental

Talvez eu morra...

De tuberculose, bronquite, asma ou caxumba.

Talvez eu morra

Molhado ou queimado

Quem sabe enterrado

Talvez eu morra

De câncer ou cansado

Ou de um chute no saco

Talvez eu tropece e caia

Num puto prego enferrujado

Pregado num pau

Talvez essas duvidas se calam

E me encontrem em casa

Com a possibilidade final

Mas se acaso por ventura

Tenha morrido de qualquer outro mal

Obrigado a você, “bobo”,

Que leu esse poeta morto.

Xandy Bernardo
Enviado por Xandy Bernardo em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
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