DAQUELE VERÃO
Num exercício de futuração
te direi, minha amiga,
que entardecerão juntos
nosssos corações.
Estes mesmos corações
que tantas vezes se inquietaram
e tantas outras se amorteceram
nos atormentados desencontros
das almas.
Que do pensamento não sobrevive o afeto.
Nossas almas viveram muito
os sonhos,
as esperenças,
as criações,
essas coisas que só aos céus pertencem.
Nossos corações, porém,
ficaram presos na terra,
acovardados,
temendo o romper das auroras
que só acontecem nos voos cegos
da paixão.
Ainda que nossas almas sobrevivam
aos seus próprios encantos e loucuras,
nossos corações terão partido
em busca da felicidade perdida.
A mesma felicidade
que sempre esteve nos sonhos
daquela casa,
daquela praia,
daquele verão
que jamais esqueceremos.
Num exercício de futuração
te direi, minha amiga,
que entardecerão juntos
nosssos corações.
Estes mesmos corações
que tantas vezes se inquietaram
e tantas outras se amorteceram
nos atormentados desencontros
das almas.
Que do pensamento não sobrevive o afeto.
Nossas almas viveram muito
os sonhos,
as esperenças,
as criações,
essas coisas que só aos céus pertencem.
Nossos corações, porém,
ficaram presos na terra,
acovardados,
temendo o romper das auroras
que só acontecem nos voos cegos
da paixão.
Ainda que nossas almas sobrevivam
aos seus próprios encantos e loucuras,
nossos corações terão partido
em busca da felicidade perdida.
A mesma felicidade
que sempre esteve nos sonhos
daquela casa,
daquela praia,
daquele verão
que jamais esqueceremos.