Das Conversas & Danças!

De qual flora mais tiramos os extratos,

Do exato momento que a mão acalenta,

Tenta, volta, se aproxima, sem cisma,

Das vestes que mal revestem, instigam,

Bailam ao sabor de uma brisa quente,

Frisa, desliza, transporta em dimensões,

Navega silente por todos os mares,

Ao passo de uma onda que vibra

Em cada batida que a praia recebe,

Fatos, todos os fatos, feitos & afeitos,

Fustiga outras dores, uma dor de solidão,

Chora pelas curvas que se distanciam

Chora pelas esperas incontidas, inesperadas,

Quer o toque próximo, tão próximo como um beijo,

Quando nada toca, nem chamado vem,

Ainda espera, mesmo ao olhar triste,

Suspira, inspira, traça mal traçadas linhas,

Por onde vai, leva sempre uma alegria escondida,

Uma hora a sorte se muda, toma seu endereço,

Qualquer hora que brilho do sorriso, apareço,

Perde o sono, quebra-se em silêncios, espera,

Cala com a noite & suas mais finas essências

Ressente do calor provocado por esta ausência,

Quem um pouco mais de uma mínima atenção,

Quer explodir o teso na volúpia do seu tesão,

Olha os pontos que passam, pulsam, fogem,

Como o tempo que a areia vai medindo rápida,

Chora pela falta que tanto que se acomoda,

Incomoda a roda tão passageira, ação ligeira,

Dos fogos que ardem em suas entranhas

Sabe que sofre, mas não se impacienta,

O coração solitário já sofre tanto, há tantos anos,

Hora madrasta, dói mais ainda a espera,

Tenta assim mesmo, respira & se acalma,

A chama é intensa, sempre será tão intensa,

Olha para a noite de novo, tons tão noturnos,

A música calma, outro cigarro, sensações,

Se sobras são apenas sonhos, vai sonhando,

Sempre teve que ficar esperando, esperando...

Toca o que pode, para seguir em frente,

Das velas que ora enfunam, sonhos & mares,

Novos tempos vão surgindo em cada estação,

Por tudo que faz de todo o coração,

Ser feliz ainda será a conseqüência!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 30/03/2007
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