Eu, passarinho

Entre folhas e plumagens,

contemplo o céu.

E o canto que canto,

daqui desse canto,

esconde o meu pranto,

coberto em manto

de querer não chorar.

Nascente da vida,

ameaçada, ferida,

rolando por entre pedras,

redescobre, no voo

rasante, ligeiro,

o dom emanado,

quase sagrado

de cantar, cantar, cantar

E se o choro triste vem,

o canto levanto,

buscando esse pranto,

pra sempre exterminar.

Então... recomeço a voar.

Litlle Bird
Enviado por Litlle Bird em 24/05/2013
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