Labirinto de Prazeres
E as mãos se perdem
No labirinto de prazeres
Buscam loucamente a saída
Ou uma parede calma
Seca, para se encostar
Mas tudo geme
Treme, pulsa
Banhado em vida
Que escorre do meu rio
Para o teu mar
E as mãos se acham
Deliciosamente perdidas
Nessa loucura atrevida
Sem entrada, sem parada,
Sem repouso, sem guarida
Na louca ânsia
De ter-te e de se dar.