D20 DOR SANGUE E TRISTEZA

D20 DOR SANGUE E TRISTEZA

Domingo de sol no Brasil,

Céu lindo em tom azul anil.

Vou almoçar no vegetariano,

O alimento não me fará dano.

Prato cheio de mato gostoso,

Rindo agradeço a Deus bondoso.

Uma garfada e veio à dor,

Veio explodindo o meu interior.

O restaurante virou nevoeiro,

Tempo exato para o banheiro.

Diarreia de sangue carmesim,

Tontura e queda por fim.

Caído no chão sinto um percevejo

E nem sei mais o que eu vejo.

Cadê o meu anjo que protegia?

Será que ele esta numa orgia?

No banheiro tudo é distante,

Sou anão na terra de gigante.

Como para o meu lar vou voltar?

Do chão gelado tenho que levantar.

Rezo a Ele uma oração infantil,

Pedindo ajuda de maneira gentil.

Roupa suja de sangue carmesim.

Sem ajuda consigo levantar enfim.

Onde deixei o cartão de minha conta?

Vou ao caixa como barata tonta.

Dirigir foi uma verdadeira loucura.

Dor, tontura e vomito pela mistura.

Com dor e sujo de sangue fico na sala,

Quero guardar a má mistura numa mala.

Mas deitado no chão choro de tristeza,

Minha cadela me lambe em sua grandeza.

Meu anjo de asas tortas deve ter acordado,

Pois enfim adormeço!

André Zanarella 28-05-2012

n.a. A série D foi escrita em 2012, o primeiro semestre do ano foi algo complicado em minha vida, como não queria preocupar ninguém esperei um ano para publicar.

Atualmente restou as poesias que eu compartilho com os amigos que frequentam minha escrivaninha.

23-05-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 23/05/2013
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