NO SILÊNCIO DA MADRUGADA

Tudo era silêncio e calmo,
Suave brilho anunciava a lua,
Na bíblia lendo o salmo,
Andando sozinho na rua,

Quando aproximei-me do lago,
Movimentava aquelas águas cristalinas,
O banquinho lá estava vago,
E a água decia das colinas,

Recordei dos sete irmãos,
Tamben das seis irmazinhas,
Olhando vi alguns balões,
Caidos sobre as casinhas,

De repente ouviu-se barulho,
Não havia mais ninguém,
Foi quando avistei o embrulho,
Cobrindo o corpinho de alguém,

Tive que me aproximar,
Nem precisei o pacote abrir,
Uma criança ali sem chorar,
Me vendo começou a sorrir,

Então olhei com carinho,
Fiquei sem saber decedir,
Como encontrar um caminho,
Um lugar para ir,

Rebusquei nos meus pensamentos,
Naquela noite, fui dormir,
Como explicar naqueles momentos,
Aquela criança alegre a sorrir,

Foi então que acordei,
Procurei a criança, não vi,
Entendi então que sonhei,
Grande alegria assim vivi,

Aquela criança, não estava,
Porque não era realidade,
Naquele momento eu sonhava,
Com uma situação, fatalidade,

Que de real somente,
Tinha eu quando sonhava,
Me senti muito contente,
Quando percebi que acordava.


      Imagem GOOGLE