TEIA
Impuras amarras prendem calmas os pensamentos.
Adejam as dobras íntimas do coração. Soando fanfarras,
perambulam pelas obras ínvias das almas.
Imagens da insídia caminham distantes do que esteve perto,
em miragens errantes tropeçam nos passos incertos.
Gritos perdidos voam às sacadas, alçam parapeitos,
descerram cortinas, escancaram janelas, portas e vitrais,
fendem taramelas, em ecos magistrais aninhando sinas.
Cabelos em brumas de felicidade debaixo dos umbrais.
Salazes segredos estalam suspiros, nas vergas dos beirais.