Talvez certas coisas
talvez certas coisas, outroras tão importantes
importantes como a abruptalidade dos pensamentos
importantes como a obsessão de um amor outrora violento;
capachos marcados como gado no matadouro
são aqueles loucos sonhadores, lunáticos...
eternamente atormentados, são apenas davos num calabouço
presos numa ilusão, orquestrada por mentes que já nem pensam
por que quem faz o mal, já latente em seu coração
não pensa na pobre alma que sofrida agora jaz na eterna terra fria da solidão
talvez a perfeição antes requerida,
se torna ausente quando mais a queremos em nossos braços, querida...
talvez teus olhos brilhem com as tuas mentiras
vibrando numa eterna sinfonia, imperceptível,
tornando-nos davos das tuas primazias
talvez não haja perfeição retribuída
e nossos olhares se enganem com uma perfeição assassina
talvez não haja perfeição que não a do próprio coração.