O crânio
Pisando o solo como se de pétalas coberto
Descobertos restos do tempo entre os mínimos espaços
Cansaços de flores se despetalando pelas aleias
Quero que leias as cores se misturando
Quero que interpretes as sintaxes desvairadas
As queimadas ao longe
Esfumaçadas lembranças entre os montes
As pontes sustentando as controvérsias
As falhas sob os terrenos
Sombras nadando nos córregos subterrâneos
Os crânios de olhos de escândalos
As bocas desprovidas de significados
Os dentes alternados
Aquelas fossas nasais estúpidas
Aquelas valsas fúnebres entre as cavernas
As pernas bambas da crendice
E a espada sem corte sobre o rochedo