ONTEM/ANTEONTEM
Ontem
Anteontem
À luz de uma estrela fria
Fulgurações eternizando a dúvida na memória
E deixando a premissa de uma metáfora azul
Sobre as nossas cabeças
Síntese de uma transmutação
Que dilacera os psius
Ouvidos dentro dos bares
Ontem
Anteontem
As sinuosidades de um acaso
Que fica entre o monótono e o vazio
Entre a sede e a cerveja
Entre a náusea e o abismo
Enquanto o acaso é varrido
Pelas surpresas da vida
O tempo escorrega
E flutua pela eternidade
Captada na memória
Ontem
Anteontem
E o depois esquecido nas poeiras das bibliotecas.