Alma do meu verso
Ressuscitas na alma um desejo
De cruzar o céu, voar sobre o mar
Eu que muito tempo fiquei sem chão
Encontrei-te entre a minha solidão
E queimou-se intenso um desejo
Como fogo que clareia o olhar...
O olhar que te vê mesmo que não saibas
O olhar que te segue por entre estrelas do meu céu
Tão longe... Das minhas mãos
Ressuscitas na alma um gosto bom
Daquela chuva em tempo seco
E faz florescer meus medos...
Medo do que revira dentro
Medo do que entrega o olhar
Medo da entrega, do amar
Ressuscitas apenas...
Assim, do nada com teu jeito de me enxergar
De enxergar a essência de ser
Ressuscitas o prazer a tanto tempo esquecido
O prazer de ser alma, de ter calma
De ser gente além do que dita as mãos
Nas entrelinhas do coração
Como imensidão... Universo
Como alma do meu verso!