NADA
NADA
Nada sei desse troféu
Desse fel
Desse chapéu
Nada a saber das datas
Das candidatas
Decantadas
Nada confesso
Meus compromissos
Omissos
Nada espanei
Na noite clara
E você nada declara
Nada sofri
Por amor
Porém por cada beija-flor
Nada encontrei
Nos espelhos da casa
Nem conselhos, tesoura ou asa
Nada parti
Pois na tarde de verão
Não fui e não fiz serão
Nada a dizer
Da loucura
Senão ferocidade obscura
Nada ser
Senão lágrimas
De não ser
Nada envelhecer
A melodia
Á luz do dia...
E nada desconhecer
nem comentar...
Angelo Trom
29-03-2010