NADA

NADA

Nada sei desse troféu

Desse fel

Desse chapéu

Nada a saber das datas

Das candidatas

Decantadas

Nada confesso

Meus compromissos

Omissos

Nada espanei

Na noite clara

E você nada declara

Nada sofri

Por amor

Porém por cada beija-flor

Nada encontrei

Nos espelhos da casa

Nem conselhos, tesoura ou asa

Nada parti

Pois na tarde de verão

Não fui e não fiz serão

Nada a dizer

Da loucura

Senão ferocidade obscura

Nada ser

Senão lágrimas

De não ser

Nada envelhecer

A melodia

Á luz do dia...

E nada desconhecer

nem comentar...

Angelo Trom

29-03-2010

Angelo Trom
Enviado por Angelo Trom em 19/05/2013
Código do texto: T4298600
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