Janelas
Todas as minhas janelas, estão abertas e sem cortinas.
De onde vejo o mundo sem nada pra atrapalhar.
Posso ver o longo caminho, com passos que vem e que vão.
Posso acompanhar o sol nascendo, ou até quando some no horizonte.
Também vejo as nuvens voando, como vapor de algodão.
Vejo também as estrelas dançando no firmamento, ora piscam para mim
ora piscam pra você.
Mas também dessas janelas, vejo coisas que me entristece.
Crianças descalças e com fome, passando em frente as janelas.
Vejo quando cai a chuva, se, mansa refresca minha alma.
Se, forte e com ventania, deixa-me sem animo pra vida.
Vejo sorrisos e lágrimas, vejo a felicidade e o adeus.
Vejo a vida lá fora, como se estivesse aqui dentro.
Mas nem sempre, fico feliz com o que vejo e com o que ouço.
Entre as quatro paredes do meu quarto, também existe incertezas.
Cecília-SP/05/2013