...até quando?
o sol não mais aquecer
as letras não mais se encontrarem
as almas não escreverem
um poema de vez em quando...
quando só ruínas restarem
frias aragens
planície perdidas
lágrimas escorridas ...
os sorrisos sumirem
a doçura-suavidade
o cavalgar extasiado
os fluidos plenos
não mais jorrarem ...
os momentos esvaírem
a sede secar
nada aplacar o arfar do peito ...
sem rumo
sozinha
melhor navegar-galáxias-mares
fechar todas as paredes
caminhar relvas-selvas
na lua nua
nas raias insanas ...
mas,até quando ?
quando as nuances-cores sumirem
pensamentos em aquarelas fugirem
sons emudecerem
as mãos não mais tocarem ...
não haverá mais quando .
nem até quando ?
os sentidos ecos surdos dormiram
a essência da dor fincou
nas palavras sem gestos
no vazio SER-EXISTIR !