...até quando?

o sol não mais aquecer

as letras não mais se encontrarem

as almas não escreverem

um poema de vez em quando...

quando só ruínas restarem

frias aragens

planície perdidas

lágrimas escorridas ...

os sorrisos sumirem

a doçura-suavidade

o cavalgar extasiado

os fluidos plenos

não mais jorrarem ...

os momentos esvaírem

a sede secar

nada aplacar o arfar do peito ...

sem rumo

sozinha

melhor navegar-galáxias-mares

fechar todas as paredes

caminhar relvas-selvas

na lua nua

nas raias insanas ...

mas,até quando ?

quando as nuances-cores sumirem

pensamentos em aquarelas fugirem

sons emudecerem

as mãos não mais tocarem ...

não haverá mais quando .

nem até quando ?

os sentidos ecos surdos dormiram

a essência da dor fincou

nas palavras sem gestos

no vazio SER-EXISTIR !

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 29/03/2007
Código do texto: T429726