ANO-NOVO
No vão dos edifícios,
no poço
dos elevadores
emana em doce cheiro
toda a alegria
de um dia primeiro.
E que encharca as
narinas
de que alguém que o espera
desde a primeira hora
com o brilho do olhar.
E na plenitude da noite
no salivar
das estrelas
abre-se novo horizonte
diante das almas singelas
que observam, extasiadas
o espocar de um céu
que não mais lhes pertencem:
a oeste, o ano
ainda é passado
e, do oriente, o ano-novo
surge mais do que
esperado.