Sentimentos súbitos
Euna Britto de Oliveira
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Empobrecidas princesas vagueiam
Através de ruas milenares,
Longe dos cantares de seus príncipes,
De seus princípios...
Fugidos dos castelos,
Servos tornam-se senhores.
A história da humanidade,
Se fosse plantar,
Daria uma moita de folhas escritas
Em cada casa, em cada mesa, em cada cama,
Em cada porta, em cada esquina;
E, nos lugares ermos,
Florestas!!!...
Há quem a deteste,
A Bandeira Brasileira,
Esta que eu mais amo!
Dou de testa com o incontestável valor das palavras!
Têm vida, força, alma, clima!...
Gosto de soletrar um nome
Que começa com água
E termina comigo.
Fantasio meus sonhos
Com torres e névoas de castelos medievais...
Faço furos no futuro
Para descobrir acontecimentos...
Descoloridas taças
De fel
Servidas com pão e passas
E mel...
As traças mal começaram a roer a roupa de renda da rainha da Rússia...
A Prússia já existiu e era poderosa!
Versalhes pode até ser um palácio lindo,
Mas situa-se numa planície.
Uma montanha lhe daria mais encanto!
Em Vaduz, no Lichtenstein
O castelo real, de aparência inacessível,
Fica num alto.
É elevado, nobre, belo
E acessível!...
Meu tapete voador,
Eu o prefiro vermelho!
Vermelho escuro,
Feito a mão, com bordados turcos.
Escolho-o na fábrica de uma das cidades da Turquia,
Onde fazem exposição e demonstrações de tapetes
E servem chá de maçã aos turistas...
Música ao vivo?
Estou a ouvir músicas súbitas
Que ninguém toca,
Vibrações excelentes
De asas e pensamentos bons
Em sintonia comigo.
Um pássaro preto pousa no telhado do engenho!
Ele aparece de dez em dez anos
Por onde quer que eu vá!
Vem onde venho...
Sentimentos súbitos...
De súditos.