Zanga
Ganesha em minhas mãos postou uma faca que é só lâmina
Saí ruminando o ser de quatro avos
Querendo pisoteá-lo como Kali em sua fúria
E apareci na lua iluminada pelo sol
Alquebrada pela luz que não apaga
Sofrendo meses a mesma tortura
De não poder brilhar no seu lugar
Cortei o mal pela raiz e o atirei às daninhas
Lugar de esquecimento e ostracismo
Reservado às ideias que deram errado
Deriva do meu ser algo quebrantado
Algo iluminado na sua dor
um corte, um talho
Uma cor que não tem nome.
Nem vermelho, nem carmim
Algo assim, sem descrição nem som
Algo que todo mundo sente
Mas ninguém sabe explicar
Uma ordem a partir do caos.
Amando...
A mando de quem?
não sei.