Zanga

Ganesha em minhas mãos postou uma faca que é só lâmina

Saí ruminando o ser de quatro avos

Querendo pisoteá-lo como Kali em sua fúria

E apareci na lua iluminada pelo sol

Alquebrada pela luz que não apaga

Sofrendo meses a mesma tortura

De não poder brilhar no seu lugar

Cortei o mal pela raiz e o atirei às daninhas

Lugar de esquecimento e ostracismo

Reservado às ideias que deram errado

Deriva do meu ser algo quebrantado

Algo iluminado na sua dor

um corte, um talho

Uma cor que não tem nome.

Nem vermelho, nem carmim

Algo assim, sem descrição nem som

Algo que todo mundo sente

Mas ninguém sabe explicar

Uma ordem a partir do caos.

Amando...

A mando de quem?

não sei.

Keti Sarom Scott
Enviado por Keti Sarom Scott em 17/05/2013
Código do texto: T4295917
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