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Uma menina


Ramo de flor preso na mão,
Ela estava quieta,
Estanque entre o passado
E o futuro.

Tinha medo de que
Um movimento
Desmanchasse a realidade,
Tinha medo da saudade.

Em volta, o tempo crescia,
Mudava,
Envelhecia,
Mas não a menina!

Na pele do braço,
Uma palavra tatuada,
Na menina dos olhos,
Uma imagem bordada.

Pintura da alma
Em cores suaves e calmas,
Uma menina frágil e forte
Que o vento desmancharia,
Mas jamais destruiria!

Seu pó de menina
Ficaria para sempre
Voando pelas estepes,
Ao sabor do vento,

E sua voz encantada
Seria ouvida
Pelo transeunte que tivesse
Uma alma
De olhos azuis.

*

Imagem: um presente de Lady Laura, a quem dedico esta poesia.



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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 17/05/2013
Reeditado em 17/05/2013
Código do texto: T4294816
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