Nós

O tédio entra em mim pelos meu olhos

Pelos ouvidos, tato e paladar

Eu sinto o cheiro agridoce do tédio

E eu sinto o tédio me paralisar.

A solidão minha eterna companheira

Com seu abraço frio quer me confortar

Um arrepio sobe pela minha espinha

E a lareira já não pode me esquentar.

Eu sinto o frio dentro do meu peito

Um frio que arde e queima como fogo

Maldita noite que deixei você entrar

A maldição foi ter entrado no seu jogo.

A noite avança, vai-se madrugada adentro

E aqui as horas vão passando lentamente

Tento esquecer seu rosto lindo e traiçoeiro

Tento dormir pra te esquecer inutilmente.

Onde estará você? Em que cama aquecida?

Será que está com outro em outros lençóis?

Eu choro, eu grito, eu sofro, eu imploro

É tudo "eu", porque já não existe o "nós"...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 16/05/2013
Código do texto: T4293875
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