Quem Sou Eu
Sou um poema disposto num varal
Na tarde chuvosa de um dia qualquer,
Um dia qualquer veranil.
Sou uma frase solta, sem ponto final
Que caminha na ponta dos pés
Rumo a um bosque azul anil.
Sou o que sou.
Um balão cheio de água
Que se lança do precipício
Sou o que sou,
Às vezes quase nada
E às vezes sou início.
Todavia não me pergunte,
Não saberia responder.
Basta esse poema que surge
Sem coisa alguma pra dizer.