enjaulado
o tecido da trama se desfez
e aberto ao fogo da vida
se embrenhou em sua labareda;
de asa aberta
abortou o feudo e o muro
e voou rumo á
uma cidade plana
E do céu viu um mundo
Melhor
A rua do pecado
E viu a coxa da juventude
E o seio da maturidade
Catalogado e entendido
Selado com a violência
De quem ama
na praça
Acendeu o sol do coreto
Havia anos escuro
Tocou o trombone
Do anjo duro e perverso
Bateu na pele da vida
Um batuque cheio de
Perplexidade
Apossou-se de uma flor
negra e tenebrosa
e nela enjaulou-se
e fechou a porta