NASCIA
NASCIA
Um dia, num lugar, num tempo nascia...
Nascia um algo que não tinha um por que,
Era o mistério dos destinos que cruzam,
Dos olhares perdidos num cruzamento,
Nascia um toque, um corisco na alma.
Talvez nesse dia um anjo ousasse a sonhar
Uma maquina sentiu um arrepiou e suspirou
Num dia qualquer perdido no calendário, nascia.
Duas almas que se duelam sem parar
E o pior que é uma duelar sem por que.
Mas no dia de hoje não veio o sorriso na face,
Não veio um ato de agrado inesperado,
Cadê o cartão mandado pelo correio?
No caso de um lapso de memória da idade,
Cadê recado escrito apressado?
Recado com erros em folha de caderno arrancada.
O valor nesse dia que um dia nascia se perdeu...
Pois um lado mostrou que mesmo apurado é importante o outro mimar
E outro lado não entendeu o gesto,
Mas apenas a matéria.
O lado que magoado que realiza sonhos e não matérias,
Vestiu-se de glamour e luz e saiu a bailar.
Nascia desta vez um apagão e não um clarão
E a outra metade nem se preocupou em agradar
Não mudou a ideia,
Pois não conseguiu ver alem do real.
Que a riqueza não precisa de ouro precisa de atos,
Que o amor é estar ali e fazer do outro seu melhor retrato.
André Zanarella 27-04-2013