RIO DOCE
Foram de alma inteira,
às bodas mineira.
Sob cúmplices olhares,
chegaram de mãos juntas,
como se um pacto fosse,
ante as águas do rio doce.
Na noite púmblea e fria,
os olhares na catedral,
interrogam até o altar.
Acordes ecoam no vitral.
A voz ergue-se esguia,
no cume da celebração.
Canta pros noivos, não...
Afaga o que vivencia,
nutre o que a voz irradia.
As águas do rio doce,
ficaram mais doce,
nesse dia.